terça-feira, 25 de agosto de 2009


DUAS VIDAS, DOIS DESTINOS
ATOS 27.20-26; JONAS 1.1-5

- Por que homens que crêem no mesmo Deus agem de forma tão diferente?
- Jonas provoca tempestade. Paulo acalma os outros na tempestade. Há muita diferença entre atravessar uma tempestade dentro da vontade de Deus e dentro da vontade de Deus. O que os diferencia é a TEOLOGIA: Jonas tinha uma eleição fechada, Paulo vê o mundo todo como amado por Deus.
- A diferença tem a ver com o resultado das respostas diferentes para as mesmas situações:
1) Jonas não consegue amar os diferentes, só os iguais = Pagão é que se dá bem com os iguais. Cumprimentar, abraçar. Jesus fala que o cristão tem uma reação transcendental - se ferir sua face, volta a outra.
2) Jonas queria fazer missão só entre os que ele gostava = missão para ele era preservar Israel. Só o meu grupo vai para o céu. Exemplo: O SONHO DE JOÃO WESLEY - foi ao inferno e ao céu. Paulo preferia se perder a perder aqueles pelos quais Cristo morreu (Rm 9.3).

I. CONTRASTE ENTRE JONAS E PAULO

1. A viagem de Jonas é sem projeto - Paulo sabe para onde vai =
- Para onde você vai? Para Társis, para o fim do mundo, para a estrada da fuga, para o caminho da desobediência.
- Para onde você vai? Para Roma, para César, vou fazer o que Deus me ordenou. Vou cumprir o calendário de Deus.

2. Jonas usa sua liberdade para fugir - Paulo usa o fato de estar preso para fazer a vontade de Deus =
- Quantos hoje estão fugindo de Deus, fugindo dos compromissos, fugindo do trabalho, tomando navios para Társis.
- Deus quer que você faça sua vontade mesmo só, mesmo doente, mesmo perseguido, mesmo incompreendido, mesmo preso.
- Paulo era o prisioneiro de Cristo - a sua prisão fazia parte do plano de Deus = cartas, crentes estimulados, santos na casa de Cesar.

3. Jonas entra no barco para se alienar = roncar - Paulo entra no navio para se integrar =
- Jonas usa um mecanismo de fuga: O SONO - “Ronca”. Não quer pensar, não quer refletir.
- Paulo se integra. Conhece a todos. Conversa. Conquista. Influencia. Infiltra-se. Ganha o direito de ser ouvido. Faz amizade. Ora, aconselha, adverte, encoraja, parte o pão.

4. Jonas não ora nunca - Paulo entra no barco e ora por todos =
- Jonas é teólogo, mas não sabe o que é oração: Não ora quando Deus fala, na hora da pagar a passagem, de entrar no navio, da tempestade, depois de repreendido.
- Os pagãos oram. Repreendem Jonas por não orar. Paulo entra no navio e é o intercessor. Encoraja a todos. Fala do povo para Deus.

5. Jonas se considera a causa da tragédia - Paulo vê o vento, a tempestade e vê a natureza apenas e sabe que vai chegar =
- Um homem em fuga é causador de tempestade, atrai tragédia.
- Paulo não repreende o vento. Paulo não diz “a tempestade está amarrada.” Ele vê apenas a natureza.

6. Jonas quer ser jogado no mar - Paulo está apaixonado pela vida =
- Jonas quer morrer. Prefere morrer a obedecer.
- Paulo está disposto a morrer para cumprir cabalmente seu ministério.
- Jonas desce: até o navio, porão, mar, ventre do peixe.

7. Jonas perde o respeito de todos - Paulo conquista o respeito de todos =
- Jonas nega seu nome = pomba - paz
- Jonas nega sua fé = diz temer a Deus, mas não o obedece.
- Jonas nega sua teologia = diz crer no Deus todo poderoso, mas o desafia.
- Paulo se torna o homem mais livre do navio. Passa a ser o preso mais ouvido, o líder.

8. Jonas é vomitado no mar e em Nínive prega com raiva - Paulo chega em Malta e abençoa toda a ilha =
- Um prega sem amor. Quer a destruição. Fica triste porque seus ouvintes se convertem.
- O outro ora pelos enfermos: Públio e todos os outros doentes.

9. Jonas quase se envenena de ódio por causa de uma erva - Paulo é mordido por uma víbora e não dá a mínima importância =
- Jonas dá mais importância a uma árvore do que a 120.000 pessoas.
- Paulo não pensa em seu conforto, dedica-se às pessoas ao seu redor.

10. Jonas considera os ninivitas uns bárbaros - Paulo considera os bárbaros uns humanos

11. Jonas ora para a destruição da cidade - Paulo passa três meses orando pelos doentes da ilha - 28.2

II. AS MARCAS DE UM CRENTE INFLUENCIADOR

1. Bom senso realista - 17.9-11, 33-34
- Paulo não diz: o vento está amarrado. Fé, hoje, virou sinônimo de estupidez.
- Gente declarando cura - jogando remédios fora.
- As três moças na Coréia que morreram afogadas - quiseram andar sobre as águas.

2. Sua positividade nas atitudes - 27.21,22
- Não devíamos ter saído não. Mas agora bom ânimo = ministério de encorajamento (Josué e Calebe) = Se o Senhor se agradar de nós, podemos.
- Adágio africano: “Devemos tirar a criança da água primeiro, antes de dar umas palmadas nela.” - Não basta criticar, é preciso ajudar a sair do problema.

3. Seu senso de valor - 27.22b
- Navio é bagatela. Tem valor secundário - A vida tem mais valor que a matéria.
- Damos mais valor a pedra, tijolo, ferro, carro do que a pessoas.
- Mais valor ao carro do que a família. Mais tempo para os negócios do que para os filhos - JOSAFÁ, DAVI, ELI.

4. Seu senso de praticidade - 27.30-32
- Respeita os marinheiros pagãos como os entendidos do mar. De mar quem entende é marinheiro. A presença deles é fundamental.
- Tem gente que despreza a avaliação técnica de uma pessoa só porque ela não é crente.

5. Sua liderança espiritual natural - 27.21-26,34-35
- Ele não se impõe. Ele conquista.. A liderança vai se tornando explícita.
- Ele não se apresenta como Rev. Dr. Prof. Apóstolo Paulo. Ele não vai de colarinho clerical. Ele vai se infiltrando. Vai conquistado. Vai salgando. Vai se inserindo. Na escola, no trabalho, na visinhança. Você é cabeça e não cauda.

6. Sua crença no sobrenatural - 27.23-26
- O anjo fala com ele. Ele ouve a voz de Deus.
- Seu bom senso não o impede de ver anjos.

7. Seu ardor evangelístico - 28.8,9
- Qualidade evangelística = ele se insere nas necessidades da cidade. Ora pelos enfermos. Daí fala de Jesus com poder e o povo o atende.
- Fala de Jesus depois de demonstrar interesse e compaixão.

CONCLUSÃO

- Gente como Paulo salga em qualquer lugar. Influencia, abençoa, faz diferença.
- Nós devemos ter estas mesmas marcas neste navio que está naufragando, que é a nossa sociedade.

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