quarta-feira, 6 de outubro de 2010

A BANALIZAÇÃO DO PECADO


Satanás não tem permissão para fazer tudo o que gostaria em relação à humanidade. Se ele pudesse, creio que exterminaria todos os seres humanos de forma cruel. Contudo, o inimigo induz o homem à autodestruição por meio do pecado, assim como Balaão que, não podendo amaldiçoar a nação de Israel, conseguiu derrotá-la diante dos moabitas através da prostituição e da idolatria (Nm 31.16; Ap.2.14).

O pecado é produto criado e promovido pelo diabo (João 8.44). Os fatos dos tempos bíblicos e da atualidade nos permitem deduzir que ele deseja inserir os mais variados tipos de pecado na vida das pessoas e fazê-los crescer como epidemia nas sociedades humanas. Para alcançar sua meta, o inimigo conta com a ajuda do próprio homem na disseminação de conceitos malignos e na execução de ações estratégicas:

1 - Negando a palavra de Deus
“Disse a serpente à mulher: Certamente não morrereis.” (Gn.3.4.) Satanás fala o contrário do que Deus falou, procurando abrir caminho para a prática pecaminosa. Outra forma de conseguir isso é tentando nos afastar da Bíblia. Se a palavra de Deus for desprezada, muitos pecados se espalharão como praga na vida das pessoas.

2 – Presunção de impunidade
A mesma frase dita a Eva contém a falsa ideia de que o pecador não será punido. E, quando o indivíduo percebe que não houve consequência imediata ou aparente do seu ato, ele se dispõe a repeti-lo (Ec 8.11; Na.1.3).

3 - Novos nomes para antigos males
Troca-se o nome do pecado para que deixe de ser ofensivo. Tal eufemismo tem efeito psicológico atenuante. Um título mais suave e agradável transpõe antigas barreiras relacionadas ao termo tradicional. Assim, a prostituição tornou-se um “programa”. Seus agentes passaram a se chamar “profissionais do sexo”. Adultério virou caso extra-conjugal. Corrupção e desonestidade subsistem sob o codinome de esperteza ou “jeitinho brasileiro”. O rótulo mudou, mas o veneno continua o mesmo (Is 5.20)

4 - O direito de pecar
Você merece ser feliz! Esta frase, tão bonita, tem sido usada como desculpa para diversas transgressões, principalmente no âmbito sexual. Seu significado distorcido nada mais é do que a exaltação do egoísmo, que tem sido colocado acima da perseverança, da fidelidade e do amor. Em uma civilização regida pelo humanismo hedonista e imediatista, parece que qualquer tipo de sofrimento precisa e deve ser interrompido rapidamente, mesmo que a saída seja pecaminosa. Até as palavras de Cristo são usadas, de modo distorcido, para justificar a prática do mal, quando se diz que “a carne é fraca” (Mt 26.41). Parece que pecar tornou-se, além de direito, uma necessidade urgente. Entretanto, cada discípulo de Jesus precisa negar a si mesmo (Mt 16.24), esperando o livramento ou o suprimento celestial, assim como o Mestre perseverou até a morte, mesmo quando muitos sugeriam que ele descesse da cruz (Mt 27.40).

5 - Pecado virou sinônimo de prazer (2Ts 2.12)
Notamos, principalmente na literatura e na música popular, o uso “positivo” da palavra pecado. Pecar parece algo atraente e compensador. Da mesma forma como ser “irreverente” tornou-se qualidade no vocabulário moderno.

6 - Os vendedores do pecado
Eva foi tentada pela serpente, mas quem tentou Adão? A própria mulher que, naquele instante, comportou-se como representante de Satanás para oferecer o fruto proibido ao marido (Gn 3.6). Da mesma forma, muitos têm exercido esse papel atualmente, entre os quais se destacam alguns artistas e outros formadores de opinião, que assumem a prática pecaminosa em suas mais insidiosas formas, tornando-se seus defensores ferrenhos, como se fossem coisas boas e legítimas para todos. Assim, a força do exemplo de pessoas tidas como modelos da sociedade conduz multidões ao erro, principalmente crianças e adolescentes. Por exemplo, o homossexualismo e a magia são dois produtos em destaque nas vitrines modernas.

7 - A multiplicação causa banalização
As tentações estão em cada esquina. Parece que existem muitas árvores do conhecimento do bem e do mal em nossos jardins, como resultados das sementes daquela que estava no Éden. A iniquidade se multiplicou (Mt 24.12), tornando-se parte da cultura. Se todos fazem, parece que eu posso fazer também. Esta é a perigosa conclusão individual. Por exemplo, a virgindade é um valor do passado. A prostituição tornou-se regra geral. Algo mais recente é a pirataria generalizada, por meio da qual os direitos autorais são roubados.

8 – O certo parece errado (e vice-versa)
A inversão de valores chegou a tal ponto que, os honestos são chamados de bobos. Se a maioria faz o que é mal, parece errado quem não faz. Quem nada contra a correnteza é criticado. Quem não corre atrás da iniquidade é visto como alienado (1Pe 4.4). O pecado ganha terreno e a justiça vai desaparecendo (Is 59.14). Enquanto isso, o que antes era vergonhoso, torna-se motivo de glamour (Jr 6.15). Por exemplo, a exposição pública da nudez agora é arte e as revistas do gênero são encontradas até em padarias e supermercados.

9 – Acostumando com o mal
O que ocorre com frequência já não recebe a mesma atenção das primeiras vezes. Pode parecer normal, um novo padrão de comportamento. A notícia já não causa escândalo, espanto, nem indignação. Depois, deixa de ser notícia. O pior é quando isso acontece dentro do homem, em um processo de cauterização da consciência. O costume com o pecado elimina o sentimento de culpa e dificulta o arrependimento (1Tm 4.2). Enquanto os sentidos são anestesiados, o veneno se infiltra e faz apodrecer a alma.

10 - As leis autorizam e regulamentam o pecado
Representantes de um povo injusto acabam criando leis que contrariam a lei de Deus (Is 10.1). Assim, surge um instrumento forte para que o pecado seja aceito e até mesmo imposto na sociedade. No Brasil, por exemplo, o adultério foi eliminado do código penal, enquanto o homossexualismo e as drogas vão ganhando vozes de defesa entre os legisladores. O ápice desse processo maligno ocorrerá por ocasião do governo do Anticristo, o homem da iniquidade.

As consequências

Através dessas sementes da maldade, o pecado vai se tornando normal. Quem quiser aceitá-lo dessa forma que o faça, mas lembre-se de que as consequências serão terríveis e implacáveis.
A “normalização” do pecado conduz à destruição, primeiramente pessoal, depois familiar, podendo chegar ao comprometimento de um grupo maior, inclusive de cidades inteiras, como aconteceu com Sodoma e Gomorra (Gn 19). Na época do dilúvio, toda a humanidade foi envolvida em extrema corrupção pecaminosa, o que quase levou à sua extinção. Os últimos dias, disse Jesus, serão semelhantes àqueles (Mt 24.37-39).

Estamos conscientes de que não vamos mudar o mundo, mas precisamos ficar atentos para que o mundo também não mude os cristãos e a igreja. Não podemos abrir mão dos nossos princípios. Os fatores supracitados vêm como uma avalanche para nos carregar. Como escaparemos de tão grande força? Através do apego à palavra de Deus, com fé, compromisso e obediência, na comunhão dos salvos, e com o auxílio do Espírito Santo. Nossa cultura é outra, da pátria celestial (Hb 11.16). Não somos deste mundo, como Jesus não é (João 17.14; 18.36). A mentalidade mundana é cada vez mais podre. Nós, porém, temos a mente de Cristo (1Co 2.16).

Tudo isto não significa que sejamos perfeitos, mas o que não podemos é aceitar o pecado passivamente. Noé também não era perfeito. Entretanto, era justo e procurava viver de acordo com a vontade de Deus. Desse modo, juntamente com sua família, ele foi salvo da destruição que assolou seus contemporâneos.
Assim também, a igreja deve ser uma sociedade diferente neste mundo de trevas. Enquanto grande parte da humanidade caminha para o inferno, nós devemos caminhar em sentido contrário, sempre procurando salvar alguns do fogo, cuidando para que nós mesmos não sejamos por ele devorados (Jd.23).

“E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” (Rm12.2.)

VIVER EM MEIO Á UMA CRISE DE IDENTIDADE


“Desviaram-se todos, e juntamente se fizeram imundos; não há quem faça o bem, não, nem sequer um” (Salmos 53:3)

Este texto bíblico poderia ser aplicado a qualquer agrupamento social, onde, ensina a sociologia, o nível de caráter ou desvio de conduta comportamental é mais ou menos constante. A mesma ciência, em suas lições elementares, nos diz que nascemos seres biológicos e nos tornamos, ao longo do crescimento, seres sociais. Assim, a sociabilidade é requisito de inclusão, ou mesmo conveniência para a aceitação pessoal. Nesse aspecto, o ensino migra para a psicologia: temos todos necessidade de sermos aceitos.

Quando, entretanto, surgem as oportunidades de desvio, testado será o estágio de amadurecimento moral do indivíduo. E, infelizmente, no mundo que nos cerca, o mundo que jaz no maligno, todas as pessoas têm a tendência de não fazer o bem que querem, mas o mal que não querem, desviando-se dos caminhos de Deus.

Talvez você possa perguntar: Como então posso fazer para não me contaminar? A resposta é simples, mas não é fácil. Simples porque temos o alerta bíblico de que, após o pecado, não há bem algum em nossa natureza carnal, mas que, em Cristo, somos mais do que vencedores, temos as dívidas canceladas pelo sangue do Cordeiro Santo, e podemos tudo naquele que nos fortalece.

Porém sem facilidades porque esta luta, esta postura, esta decisão de não continuar a viver de modo contaminado deve ser renovada todos os dias. Não há tréguas nesta guerra: enquanto vivermos lutaremos contra a injustiça e o pecado.

O melhor de tudo é que isso jamais o deixará frustrado ou infeliz, ao contrário, você assumirá a condição de luz do mundo e sal da terra, levando calor e gosto para a vida de muitas pessoas, que, às vezes, mergulhados na crise moral dos nossos tempos não têm força para, por si só, desviarem-se de seus próprios caminhos.

ALIANÇA,CONVENIÊNCIA OU SACRIFÍCIO?


Somos frutos de uma geração imediatista e superficial. Preferimos o alimento “fast food”, ao "à la carte", tão somente porque queremos tudo para ontem, e nem temos tempo para saborear o alimento, pois o tempo não para.

Preferimos as viagens noturnas, pois podemos ir dormindo ao invés de saborear as magníficas imagens que nosso país e ou o planeta, tem a nos mostrar.

Trocamos o café novo pelo requentado, pois não temos tempo a perder.

Todavia, esquecemos que o melhor da refeição é saboreá-la ao lado das pessoas que amamos, que o melhor da vida não é a chegada, mas sim a caminhada, que a refeição que se faz, tem dentro de si horas de relacionamento, de ajuda, de trabalho em equipe que fortalecerá as amizades, os relacionamentos, a comunhão do partir do pão.

Nosso estilo de vida, rápido e sem conexão faz de nós pessoas frias, isoladas, egoístas, que só tem olhos para si mesmos.

Ignoramos o verdadeiro significado do amor, da amizade, da solidariedade, da fraternidade, da humildade e de tantos outros componentes que compõem uma aliança verdadeira.

Vivemos numa sociedade onde a traição, a fofoca, a maledicência, entre tantas outras atitudes provenientes do homem caído, reinam.

O homem ocidental não consegue viver em aliança, ele só se preocupa com o seu bem estar, e ponto final.


Todos os dias vemos casais se separarem, sócios se roubarem, políticos saquearem o dinheiro daqueles que os colocaram lá, funcionários furtarem seus patrões, patrões abusarem de seus funcionários, enfim, as leis de convivência são usurpadas, sempre pela reinante “lei de Gerson”, que nos ensina: Só eu posso ganhar, ou só estarei bem se for o que eu quero.

Como nos ensinou o Dr. Homero Reis, “todos querem o melhor, mas nem sempre o melhor será do jeito que imaginamos que será.”

A grande crise do cristão é o confronto desse homem acima exposto, com as verdades da palavra de Deus.

Deus é um Deus de aliança. Ele trabalha com aliança de Gênesis a Apocalipse, tendo consumado seu plano redentor com a Nova e Eterna Aliança que Jesus estabeleceu com os homens.

A aliança de Deus manifesta perdão, como a que Ele promoveu com Adão, quando, mesmo em meio ao maior pecado humano, Deus cobriu sua nudez (Gn. 3:21). Todos os homens erram, são falhos por natureza, é inevitável que não existam crises, mas quem entende a aliança de Deus, sabe perdoar os erros, sabe compreender e liberar, deixar o passado e seguir em frente, sabendo que o melhor de Deus sempre está por vir.

A aliança de Deus exige sacrifício, exige entrega, renúncia. Podemos ver isso claramente no sacrifício de Isaac, quando Abraão entregou aquilo que mais amava (Gn. 22:2); no despertar de Moisés que trocou os prazeres da vida com Faraó, preferindo ser maltratado junto com o povo de Deus (Hb. 11:12); no chamado de Eliseu que sacrificou sua fonte de renda para obter a unção celestial (1Re 20:21); no alistamento do Exército de Cristo onde nos foi exigido a renúncia do eu, o abrir mão dos sonhos, projetos e paixões pessoais para viver a vontade do Pai. Jesus não obrigou ninguém a ser seu discípulo, mas disse que se alguém quisesse teria que se sacrificar, tomar sua cruz. Cruz é lugar de entrega, é lugar onde se ora: “Pai, se possível, passa de mim esse cálice, todavia não faça o que eu quero, mas o que o Senhor quer.”

A aliança de Cristo exige a entrega das pessoas que mais amamos: nossa família (Mt. 10:37, Lc. 14:26). Exige a quebra de paradigmas, culturas e filosofias familiares que contradizem com os princípios do Reino de Deus.

Tomar a sua cruz não é tão somente abandonar o pecado, mas é abandonar o seu próprio querer, é desistir do que eu quero, o que eu acho, o que eu penso, o que eu imagino, o que eu creio; é viver uma vida tomando decisões sempre, permanentemente, em todas as coisas, em linha, respaldada, em total obediência com a PALAVRA DE DEUS.

Quando o homem abandona a Santa Palavra para fazer o seu desejo próprio, ele está quebrando a aliança.

Desta forma, só há uma maneira de conseguirmos viver a Aliança do Reino de Deus, como ensinou nosso irmão Paulo (Rm 12:2) temos que mudar nossa maneira de pensar, sentir, achar, filosofar, pois estamos impregnados por fundamentos mundanos, carnais, egoístas e porque não dizer demoníacos, pois são contrários à sabedoria de Deus que se manifesta em sua Palavra.

Vemos uma sociedade solitária, vemos a depressão em todos os níveis e classes sociais, vemos o crack e demais entorpecentes dominarem a nação, vemos o alcoolismo em todas as famílias brasileiras, e por falar nelas vemos a maior deterioração e deturpação que esta sagrada instituição já viveu. Por que será que isso esta acontecendo?

Talvez a resposta seja muito complexa, mas uma grande parte dela se responde, por sermos uma sociedade que não respeita as alianças.

Tudo que o homem semeia ele colhe, toda aliança honrada será abençoada, toda aliança quebrada receberá suas conseqüências. Ninguém, absolutamente ninguém, está imune aos princípios estabelecidos pelo Rei e Criador.

Que o Senhor nos ensine; que o Espírito Santo professor, que nos orienta a respeito de todas as coisas, possa, pelo poder do Nome de Jesus, transformar a sociedade brasileira, começando pelos filhos do Reino de Deus, os Salvos em Cristo Jesus que devem ser o exemplo, a luz, o paradigma para o reino dos homens.