quarta-feira, 6 de outubro de 2010

ALIANÇA,CONVENIÊNCIA OU SACRIFÍCIO?


Somos frutos de uma geração imediatista e superficial. Preferimos o alimento “fast food”, ao "à la carte", tão somente porque queremos tudo para ontem, e nem temos tempo para saborear o alimento, pois o tempo não para.

Preferimos as viagens noturnas, pois podemos ir dormindo ao invés de saborear as magníficas imagens que nosso país e ou o planeta, tem a nos mostrar.

Trocamos o café novo pelo requentado, pois não temos tempo a perder.

Todavia, esquecemos que o melhor da refeição é saboreá-la ao lado das pessoas que amamos, que o melhor da vida não é a chegada, mas sim a caminhada, que a refeição que se faz, tem dentro de si horas de relacionamento, de ajuda, de trabalho em equipe que fortalecerá as amizades, os relacionamentos, a comunhão do partir do pão.

Nosso estilo de vida, rápido e sem conexão faz de nós pessoas frias, isoladas, egoístas, que só tem olhos para si mesmos.

Ignoramos o verdadeiro significado do amor, da amizade, da solidariedade, da fraternidade, da humildade e de tantos outros componentes que compõem uma aliança verdadeira.

Vivemos numa sociedade onde a traição, a fofoca, a maledicência, entre tantas outras atitudes provenientes do homem caído, reinam.

O homem ocidental não consegue viver em aliança, ele só se preocupa com o seu bem estar, e ponto final.


Todos os dias vemos casais se separarem, sócios se roubarem, políticos saquearem o dinheiro daqueles que os colocaram lá, funcionários furtarem seus patrões, patrões abusarem de seus funcionários, enfim, as leis de convivência são usurpadas, sempre pela reinante “lei de Gerson”, que nos ensina: Só eu posso ganhar, ou só estarei bem se for o que eu quero.

Como nos ensinou o Dr. Homero Reis, “todos querem o melhor, mas nem sempre o melhor será do jeito que imaginamos que será.”

A grande crise do cristão é o confronto desse homem acima exposto, com as verdades da palavra de Deus.

Deus é um Deus de aliança. Ele trabalha com aliança de Gênesis a Apocalipse, tendo consumado seu plano redentor com a Nova e Eterna Aliança que Jesus estabeleceu com os homens.

A aliança de Deus manifesta perdão, como a que Ele promoveu com Adão, quando, mesmo em meio ao maior pecado humano, Deus cobriu sua nudez (Gn. 3:21). Todos os homens erram, são falhos por natureza, é inevitável que não existam crises, mas quem entende a aliança de Deus, sabe perdoar os erros, sabe compreender e liberar, deixar o passado e seguir em frente, sabendo que o melhor de Deus sempre está por vir.

A aliança de Deus exige sacrifício, exige entrega, renúncia. Podemos ver isso claramente no sacrifício de Isaac, quando Abraão entregou aquilo que mais amava (Gn. 22:2); no despertar de Moisés que trocou os prazeres da vida com Faraó, preferindo ser maltratado junto com o povo de Deus (Hb. 11:12); no chamado de Eliseu que sacrificou sua fonte de renda para obter a unção celestial (1Re 20:21); no alistamento do Exército de Cristo onde nos foi exigido a renúncia do eu, o abrir mão dos sonhos, projetos e paixões pessoais para viver a vontade do Pai. Jesus não obrigou ninguém a ser seu discípulo, mas disse que se alguém quisesse teria que se sacrificar, tomar sua cruz. Cruz é lugar de entrega, é lugar onde se ora: “Pai, se possível, passa de mim esse cálice, todavia não faça o que eu quero, mas o que o Senhor quer.”

A aliança de Cristo exige a entrega das pessoas que mais amamos: nossa família (Mt. 10:37, Lc. 14:26). Exige a quebra de paradigmas, culturas e filosofias familiares que contradizem com os princípios do Reino de Deus.

Tomar a sua cruz não é tão somente abandonar o pecado, mas é abandonar o seu próprio querer, é desistir do que eu quero, o que eu acho, o que eu penso, o que eu imagino, o que eu creio; é viver uma vida tomando decisões sempre, permanentemente, em todas as coisas, em linha, respaldada, em total obediência com a PALAVRA DE DEUS.

Quando o homem abandona a Santa Palavra para fazer o seu desejo próprio, ele está quebrando a aliança.

Desta forma, só há uma maneira de conseguirmos viver a Aliança do Reino de Deus, como ensinou nosso irmão Paulo (Rm 12:2) temos que mudar nossa maneira de pensar, sentir, achar, filosofar, pois estamos impregnados por fundamentos mundanos, carnais, egoístas e porque não dizer demoníacos, pois são contrários à sabedoria de Deus que se manifesta em sua Palavra.

Vemos uma sociedade solitária, vemos a depressão em todos os níveis e classes sociais, vemos o crack e demais entorpecentes dominarem a nação, vemos o alcoolismo em todas as famílias brasileiras, e por falar nelas vemos a maior deterioração e deturpação que esta sagrada instituição já viveu. Por que será que isso esta acontecendo?

Talvez a resposta seja muito complexa, mas uma grande parte dela se responde, por sermos uma sociedade que não respeita as alianças.

Tudo que o homem semeia ele colhe, toda aliança honrada será abençoada, toda aliança quebrada receberá suas conseqüências. Ninguém, absolutamente ninguém, está imune aos princípios estabelecidos pelo Rei e Criador.

Que o Senhor nos ensine; que o Espírito Santo professor, que nos orienta a respeito de todas as coisas, possa, pelo poder do Nome de Jesus, transformar a sociedade brasileira, começando pelos filhos do Reino de Deus, os Salvos em Cristo Jesus que devem ser o exemplo, a luz, o paradigma para o reino dos homens.

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